quarta-feira, 23 de setembro de 2009

O CASTELO

“O Castelo” é o nome do novo espetáculo da Paralelo Cia. de Dança (João Pessoa – PB). O projeto teve subvenção da FUNARTE e tem estréia no dia 2 de outubro de 2009, no Theatro Santa Roza, em João Pessoa, cumprindo temporada até o dia 18 de outubro, sempre as sextas, sábados e domingos, às 20h.
“O Castelo” é inspirado no romance homônimo do escritor tcheco de língua alemã Franz Kafka, escrito em 1926.
Tratando de um universo impessoal, envolto numa atmosfera burocrática, “O Castelo” é uma obra que cabe ser revista e repensada nos dias de hoje, dada a situação pós-moderna em que nos encontramos, com seus entraves e obstáculos administrativos e burocráticos que tanto estressam a vida cotidiana, afetando o indivíduo. No entanto, não se busca uma transposição literal da obra de Kafka para o universo da dança contemporânea.
“O Castelo”, da Paralelo Cia. de Dança, com direção artística e de pesquisa coreográfica de Arthur Marques, baseia-se nas impressões pessoais e interpretações subjetivas da leitura da obra pelas pessoas que fazem parte do elenco do espetáculo, em especial Joyce Barbosa, Lília Maranhão e Vanessa Queiroga (bailarinas) e o músico Erick Almeida, que compõe e executa a trilha original do espetáculo ao vivo.
A iluminação de “O Castelo” é assinada por Fabiano Diniz, que se inspira em formas retangulares e poucas cores, cortes abruptos e luzes indiretas – com muitos chases - para atingir um resultado funcional, fragmentado e anacrônico, ao mesmo tempo, com inspiração expressionista e minimalista para pontuar a idéia do pesadelo da burocracia que afeta o indivíduo na atualidade e que permeia toda a pesquisa coreográfica do espetáculo.
O figurino é idealizado por Arthur Marques e Joyce Barbosa, com inspiração na Renascença francesa e na formalidade dos ternos, paletós e tailleurs. O preto mesclado com transparências de rendas de tons pastéis é uma proposta que segue também uma proposta de trabalhar com uma dualidade de gênero, com elementos masculinos e femininos em uma mesma peça de figurino.
“O Castelo” tem como forte base da pesquisa a palavra “caminho”: a busca por um “castelo pessoal” (representado cenograficamente por cadeiras) - uma metáfora para simbolizar uma busca do indivíduo na pós-modernidade por um “lugar ao sol”, pela realização profissional e pessoal, dificultados pelo turbilhão da loucura da vida urbana a que somos submetidos, muito por conta de um tempo fugaz e acelerado, do estresse, das difíceis relações impessoais no trabalho e na vida.

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